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As raizes da luta, Consciência Negra


O dia 20 de novembro, representa a luta de um povo por dignidade, representa o avanço de uma sociedade. Em 2003, na gestão do Presidente Lula, o dia da Consciência Negra foi instituído no calendário escolar, mas somente em 10 de novembro de 2011, foi oficialmente instituído no âmbito nacional sob a lei n° 12 519.

O dia 20 de novembro foi escolhido para ser o dia da consciência negra, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu o líder do quilombo dos Palmares, Zumbi.

A data de sua morte, descoberta por historiadores no início da década de 1970, motivou membros do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial, em um congresso realizado em São Paulo, no ano de 1978, a elegerem a figura de Zumbi como um símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil, bem como da luta por direitos que os afro-brasileiros reivindicam.

A partir da metade do século 16, com a chegada dos africanos no Brasil para exercer o trabalho escravo, o país começa a formar sua identidade, derivada da mistura de todos esses elementos. Por isso, é inquestionável que são inúmeras as contribuições da cultura de origem africana para formação da personalidade brasileira.

No entanto, é importante salientar que a luta por dignidade e respeito é frequente, pois, tendo cerca de 54% da população brasileira negra, cerca de 96% do Congresso Nacional é formado por parlamentares brancos. Ademais, cabe destacar que a cada 23 minutos, um jovem negro é morto no Brasil.

Entretanto, salienta-se que a sociedade ainda vive-se em um forma estruturada de racismo, pois, é notório que o racismo é um processo histórico que modela a sociedade até os dias de hoje.

Por fim, é importante as discussões, rodas de conversas, congressos e debates sobre o assunto, pois, por mais que as ações de combate e os debates tenham evoluídos, que tenham sido criados políticas públicas, leis como a Lei n° 7 716, que torna crime o preconceito de raça ou cor, o racismo ainda continua bem vivo na sociedade.

Enfim, falar sobre a forma estruturada de racismo que ainda há, não significa dizer que o antirracismo trilhado até aqui foi inútil, mas que ainda fazemos parte de um sistema racista, sendo preciso abrir rodas de conversas sobre o assunto, pois o silêncio nos torna responsável por sua manutenção.

Assim sendo, fica aqui as inquestionáveis contribuições que os africanos deixaram no Brasil e a importância da luta por dignidade e respeito, pois como citou Zumbi do Palmares, é chegada a hora de tirar nossa nação das trevas da injustiça racial.

Edinaldo Martins, 20 de novembro de 2020, Várzea Nova – Bahia.

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Alisson Luz

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